Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
(David Mourão Ferreira)
7 comentários:
Excelente!
Oi Lumife...
O poema é lindissimo... não o conhecia.
A imagem que associaste é fantástica.
Bj
Belo! beijos
Lumife
imagem e poema muito simbólicos.
estás inspirado...
é bom vir visitar Beja diariamente.
beijux létinha.
olá
Maravilhoso poema e linda imagem...
Obg pela visita...
~Beijo
Lindo mesmo...
Beijinho :)
O poema, ora publicado, não poderia encontrar melhor lugar para ser visto, até porque a TERNURA, de há muito fez pouso nesse sítio.
Parabéns, amigo!
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