terça-feira, agosto 16, 2005






Tive amigos que morriam, amigos que partiam


Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.


Odiei o que era fácil


Procurei-te na luz, no mar, no vento




(Sophia de Mello Breyner Andersen)




"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.

Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.

Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram

todos os dias felizes que se apagaram.

Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."




(Miguel Sousa Tavares, a propósito da perda de sua Mãe, Sophia Andersen)



(Foto de Pedro P. Palma-Fotografia na Net)

7 comentários:

Isabel Filipe disse...

Oi Lumife...

5 estrelas...
e obrigada pelo endereço que me deste...vou de seguida vê-lo...

Bjs

wind disse...

Adoro essa citação do MST. É tão verdadeira! beijos

Anónimo disse...

Todos os nossos projectos são pensados como se tudo o que construímos fosse eterno.
Somos felizes para sempre, e amamos eternamente esquecendo que a eternidade é enquanto o amor dura.
A unica coisa que é mesmo nossa são os instantes que vivemos. Duram eternamente enquanto os tivermos na memória.

segurademim disse...

A maior perda é a perda da consciência de nós, do que somos, do que sentimos, de quem somos, onde pertencemos, quem nos pertence...
mesmo que materialmente tenham já partido os que nos pertencem, continuam a fazer parte de nós e da nossa essência! Abraço

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Isabel Filipe :

Ob.. Espero que tenhas encontrado motivos de interesse.

Bjs.


Rain-Maker :

Hoje tb é um dia, para mim, que a sensibilidade está mais exposta.

Bjs.


Wind :

De facto sentimos estas palavras como se tivessem sido ditas por todos nós.

Bjs.


Anonymous :

Irei ver certamente.


Charlie :

Quantas vezes o eterno dos nossos pensamentos se reduz a um momento fugaz.

Um abraço


Segura de Mim :

Será que sofremos interiormente ou seremos uns simples vegetais ?

Bjs.

Conceição Paulino disse...

li as palavras do filho na altura do pronunciamento. Ecoaram me mim como se as houvera dito. Continuam a ecoar em mim como se minhas. Perdi parcela significativa dos k amo(ei). Perdi, realmente, a ilusão da posse. Continuam todos (pessoas e momentos)comigo, ainda que em momentos de desespero me rebele.Mas nunca perco essa convicção. Bj grande e bom resto de semana. Hoje estou MAIS feliz. Vou poder ir ao Alentejo - praia, pelo meos uma semana.....Plimmmmm. Bjocas

Cristina disse...

Olá lumife,
um texto muito lindo sim, adorei ler...
A companhia, as memórias ficam sempre connosco
:)
beijinhu

PORQUE VOLTO

  PORQUE VOLTO . Volto, porque há dias antigos que ainda nos agarram com o cheiro da terra lavrada, onde em cada ano, enterrávamos os pés e ...