domingo, fevereiro 25, 2007





CANTE ALENTEJANO


Homens do sul, sobrando do montado,

unindo seu cantar num só lamento,

do sonho, embrulhado em sofrimento,

que marca esse passo demorado.



E toda a planície desolada

coberta da mais triste solidão,

acolhe em toda a sua vastidão,

a dor que há numa trova magoada.



Vozes suaves rasgam os espaços

e as letras doloridas são cansaços

espalhados nas searas a crescer



Irmãos no trilho agreste da amargura

vão a compasso cantando a desventura

dum Alentejo aos poucos a morrer


Orlando Fernandes – Alentejo…e outros poemas

27 comentários:

Anónimo disse...

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hfm disse...

Que seja um bom regresso!

Isabel Filipe disse...

Querido Amigo.

Feliz. É a unica coisa que te digo.
Feliz por estares de volta.

Beijinhos

Páginas Soltas disse...

Obrigada!
Obrigada por estares de volta...

Claro que fazias muita falta!!

Nem imaginas a alegria que sinto...

Quanto ao teu post... só lamento não ouvir o Grupo Coral...

Mais uma boa iniciativa da tua parte... ( como sempre)!

Beijos da
Maria

lena disse...

é bom sentir-te de novo no Beja, meu querido amigo

um regresso pleno com este CANTE ALENTEJANO

e eu vim, para te dar força, para continuares com este cantinho, onde li tão bons momentos de poesia

feliz por te reencontrar de novo aqui

deixo-te um poema, de um poeta desse alentejo que eu também adoro:

Barros de Beja

Ledos campos de Outrora! em plena festa.
Por onde a minha infância,
Ditosa, decorreu1
Entre fumos dc cálida fragrância,
Deslumbramentos, extases do Céu:
Que resta
Desse inefável, em que tudo abria
Em flor e lumes siderais,
Desse inefável dc algum dia ?
Vago, indistinto
Sorrir de pôr-do-sol ~um sonho extinto...
Uma saudade a desfolhar-se em ais.

Pudesse eu regressar
A mim, volver
Ao intimo do ser,
Ao Anjo em que vivi transfigurado,
De longe em longe, como absorto, a errar...

Plainos de oiro de Beja do Passado,
Da minha clara infância e de outro Mundo,
Libertai-me do sono em que me afundo...
Que eu seja Luz, constelação sagrada,
O' voo para Deus duma «queimada»

MÁRIO BEIRÃO


um abraço meu

beijinhos à tua doce netinha

beijinhos. meu amigo

lena

Teresa David disse...

Fiquei contente pelo teu regresso, fazia falta este cheiro a planície!
Vou estar atenta ao que por aqui se passar, e já agora gostava de saber a tua opinião sobre as histórias de Lisboa que tenho vindo a publicar. Cada um a falar da sua terra não é?
Bjs
TD

Anónimo disse...

Ainda estive aqui na sexta-feira, e vi que o blogue tinha sido reactivado, mas na altura não estava programado para receber comentários, a não ser do Blogger, motivo pelo qual nada comentei.

Mas sempe passei pelos outros blogues, e também muito recentemente por um com colaboração seu.

O regresso para mim é muito saudado e afctuoso. Voltarei sempre e mais vezes, atraido pela qualidade. Até breve.

Anónimo disse...

Como no comentário anterior não ficou gravado o URL, acrescento agora que o tal blogue que visitei recentemente e por diversas vezes, o qual contava com colaboração sua, era o "Portas e Janelas", se não me falha a memória. Até breve.

Flor de Tília disse...

O Alentejo é uma paixão de menina. O Baixo Alentejo conheci-o pouco tempo depois de nascer. Aljustrel, Beja, Carregueiro e as suas boas sandes de presunto e queijo, a barragem do Roxo...
Essa região do cantar doce e brando como doce e brando é quem o canta fascina-me, desafia-me, chama-me.
Beijinhos

O Micróbio II disse...

Belo cante...

Anónimo disse...

Que bom que o "Beja" voltou! Não me canso de "passear" pelos blogs que, de alguma forma, falam do meu Alentejo ....então os que têm os nossos belos cantares....adoro...
Beijokas e boa semana

Anónimo disse...

IMAGEM, SEM VENTO


Sou um pouco
a imaginada margem
deste rio que invento

correndo lento
pela paisagem
desta planície sem vento.

regando, lento levando
como o canto imaginado
pelas manhãs sem alento
deste meu povo levantado

sou um pouco o inventado
rio
sou um pouco a imaginada
margem

o fio da esperança o frio
do deserto
e da miragem.


(Beja, 1985)

Anónimo disse...

Bem......entrei para deixar uma dica, posso? Arrisco...(rs) ...e deixo. Um blog todo alentejano merecia uma música também com entoações alentejanas, não te parece? Vamos nessa e substituir a avé-maria, ok?
Um abraço Intemporal

aDesenhar disse...

"seja bem vindo quem vier por bem"

o teu é um bom regresso Lumife, já cá andavas por bem e regressas da mesma forma ao nosso convívio.

abraço

Anónimo disse...

Lumife, vim deixar-te um abraço por teres decidido voltar.
Passarei por aqui com mais tempo, como já passava antes da interrupção (mesmo que em silêncio). :)

peciscas disse...

Nasci em Trás-os-Montes, mas fui feito e vivi seis anos em Évora.
Por isso é sempre com emoção que convivo com o Alentejo.
Ainda bem que voltaste!

Anónimo disse...

Belo poema!!
Passando pra fazer uma visita!
Abraço

Miguel disse...

Parabéns pelo regresso do Beja ...!

Um abraço da Matilde e Cª!

wind disse...

Belo regresso:)
beijos

Anónimo disse...

Grande Lumife!!
Assim é que é!

Boas vindas de volta À nossa Blogosfera ! :-D

Bjs

Lisa disse...

Oiiiiiiieeeee Lu...


Que bom que retornaste!!!!
Ameiiiiii ...

PS: Qto ao mimos...quem não os quer não é mesmo?! =P rsrsrs...

Pra vc meu querido desejo uma semana super harmoniosa com amor...

Beijossssssssss...

Anónimo disse...

"Lumife" já há algum tempo que tenho conhecimento do seu blog,mas hoje algo me "empurrou" para que eu comentasse, uma vozinha do interior,porque cantares do alentejo encantam-mem.

Baixo Alentejo mais concretamente onde resido,sou uma fã incondicional por cantares alentejanos.

Espero que não leve a mal este meu "arevimento"mas...

Beijinhos Zita

O Chaparro disse...

bom regresso, compadre.
fico contente.
abraço

Nilson Barcelli disse...

Adoro esse cante alentejano.
É genuíno como as suas gentes.
Fala um Minhoto, que vê o país de cima...
Um abraço.

José Leite disse...

Lindo poema digno de figurara numa antologia poética!

É um achado!

Anónimo disse...

Passei de novo para ver o blogue, e quis deixar um comentário no ALVITO, mas não aceita comentários a não ser do Blogger.

gato_escaldado disse...

Um regresso muito promissor. Também um dia o Alentejo há-de "regressar". Fértil e ... promissor também.

Abraços

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