quarta-feira, abril 25, 2007





“Esta é a madrugada que eu esperava
o dia inicial inteiro e limpo
onde emergimos da noite e do silêncio
e livres habitamos a substância do tempo”

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

10 comentários:

Anónimo disse...

Lu

nesse dia não poderia deixar de fazer minha homenagem.

beijos
querido

della-porther (fuser)

Isabel Magalhães disse...

Coincidência. Este foi tb o poema que eu escolhi para festejar Abril. É o 'meu' poema por excelência ao dia de HOJE!


Saudações festivas.
I.

Anónimo disse...

Camarada amigo,
Comemora-se hoje o nosso dia - o dia da LIBERDADE. Ai como o tempo passa. Ainda há pouco eu era prisioneiro de opinião no meu próprio país; ainda ontem engrossava a multidão com cravos. O tempo passou depressa e na pressa vai-se esquecendo que para haver liberdade muito foram os que lutaram e morreram.
Volto ao antes de ontem, adolescente, escrevendo poemas por metáforas com medo de ser preso. Hoje, quando a democracia se encontra em pleno, volto a pensar que os meus sonhos de Abril –as minhas mãos cheias de cravos – não mais são que sonhos e resquícios dum odor de cravos vermelhos envergonhado. A vida está melhor, pois claro! Pudera. O que fizeram aos muitos milhões de financiamentos que entraram ao longo dos anos. A vida está melhor? Sim, para alguns! A vida está a ficar pior para a maioria do nosso povo. Graça o desemprego, o trabalho precário e este tremendo combate aos funcionários públicos feitos réus pelos políticos.
Hoje é o nosso dia – o dia da Liberdade. Viva o 25 de Abril
Rogério Martins Simões
Algumas palavras fora do contexto. 1º não fui ao encontro dos blogs por impedimento. Assumi há cerca de 1 ano estar no baptizado da filha de um amigo e no passado sábado lá estive no Monte da Pedra Crato. Poderia alegar que a minha Parkinson às vezes me deixa envergonhado e que parece que todos fixam o olhar em mim. Mas não é verdade! Não fui por impedimento.
2º Azar dos azares. Hoje quando me preparava para ir a uma comemoração em Queluz promovida pelo meu colega e amigo, o poeta José Baião, recebi a notícia do falecimento de um familiar próximo e lá faltei a tão grande evento. O José Baião é o autor do post colocado hoje no meu blog e desconhece a razão por ter faltado ao evento.
O José Baião é Licenciado em Direito; poeta; ensaiador de teatro; mestre na leitura de poesia; virtuoso tocador de viola; cantor e irmão do actor João Baião
José Baião Santos é de BEJA e certamente um dia destes estaremos todos lá para o ouvir declamar os poetas alentejanos e escutar as canções do Zeca e Adriano.
Sem mais um forte abraço e viva a liberdade
Rogério

Páginas Soltas disse...

ABRIL SEMPRE!!

Solidária com os que vivem o espírito de luta pela Democracia!

Maria Valadas

Moura ao Luar disse...

Linda a imagem e tb as palavras

Anónimo disse...

Lu
Vem agradecer-lhe a visita ao Outono:
Por força da profissão estou sempre a falar dos momentos de transformação da humanidade. Mas há momentos que são mais marcantes por suas peculiaridades. Sabemos , eu e vocês, das dificuldades do processo de redemocratização de Portugal, nos meses e anos seguintes ao Abril de 74.
Os passos foram tortuosos, mas
sempre soubemos que o processo
histórico de luta para transformar não é fácil. O gesto de doação dos cravos, ao invés de armas, foi muito mais que um mero símbolo.
Significou um povo que estava
cansado de sangue e morte.
Transpareceu a alma de um povo
ainda capaz de doçura, apesar do
sofrimento de quase 50 anos de terror do regime ditatorial. Os cravos representavam, naquele momento, os filhos mortos nas guerras coloniais, os filhos mortos, assassinados,torturados, desaparecidos nos porões da PIDE, representavam as lágrimas de suas mães, pais, mulheres,filhos...

Por isso lembrar que não devemos esquecer é obrigação nossa. Assim e somente assim, podemos nos fortalecer no dia a dia e não permitir que tempos de repressão e censura voltem.
Apesar de tudo que possa ter sido de negativo, posteriormente e até os dias atuais, a lição que fica é a de que mudamos as coisas, mudamos os rumos das coisas. Por isso os cravos foram às ruas, naquela madrugada de quinta feira, em abril de 1974.

um abraço aos tempos de liberdade, apesar...

emília couto (fuser)

Espaços abertos.. disse...

Este cartaz fica imortalizado com o passar do tempo e o poema por exceL~encia de extremo bom gosto.

Bom fimde semana
Bjs Zita

Esther disse...

Parabenizo o povo português!

Moinante disse...

Votos de um óptimo fim de semana .

Vem aí o dia do " Trabalhador " , que seja um óptimo dia para ti .

Anónimo disse...

Com atenção e grande satisfação vi a notícia do evento que em boa hora decorreu nessa lindíssima terra. Espero que tudo tenha corrido por melhor. Um abraço e boa semana.

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