Foto de Angela Vicedomini
Pouco me importa o que teci, o que perdi,
As lágrimas, as saudades, os desencantos,
Tantos disfarces, infernos, tantos véus,
E quantos céus que eu rejeitei, e quantos.
Pouco me importa agora esse tempo
Que traçou rugas, desenhando o envelhecer,
É o mesmo tempo que hoje pára e escuta
O que a vida sempre me ouviu dizer:
EU TE AMO.
FRANCISCO SIMÕES
Francisco Mário Simões dos Santos é descendente de portugueses, filho de português e mãe brasileira, nascido em Belém do Pará. Foi locutor, produtor de programas e escritor de crónicas diárias. Durante cerca de vinte anos pertenceu ao quadro da ABAF — Associação Brasileira de Arte Fotográfica no Rio de Janeiro, quando ganhou mais de mil prémios nos seus salões mensais e anuais. No auge da bitola super-8 produziu vários filmes de curta-metragem durante o regime autoritário. Participou de muitos eventos do género no Brasil, principalmente, os realizados em universidades e centros de treinamento profissional. Ganhou vários prémios de destaque em festivais e mostras de filmes basicamente voltados para a crítica social e política, o que lhe garantiu problemas com a Censura. Trabalhou por trinta anos no Banco do Brasil, onde foi professor, coordenador e programador de cursos, chefe de um grupo que produzia módulos áudio-visuais para palestras e aulas e assessor do gabinete da presidência da PREVI, entre 1982 e 1986. Depois de aposentado, passou a realizar suas exposições "Fotografias Artesanais" e continuou a ganhar prémios, um deles, o título de cidadão honorário de Cabo Frio, cenário e motivo de muitas de suas fotos e vídeos. Em 1994 voltou a escrever poesia, o que parara de fazer há muito tempo. De dezembro de 1999 a dezembro de 2001, foi vencedor de vários concursos literários. Retornou à prosa, pelas crônicas, a partir de Janeiro de 2001, já com 64 anos de idade. Escreve para alguns sites de literatura no Brasil como Blocos e Rio Total, tem um espaço em Londres-Inglaterra, "O Cantinho do Francisco", integrante do Cantinho do Poeta, de Marc Fortuna e Richard Price, além do site pessoal.
7 comentários:
Diz qq coisa sobre o Francisco Simões, não conheço.
P.S. - Inundas-me literalmente de pps ...
Bonito currículo! gostei de conhecer figura tão eclética!
Bela poesia.
o poema é maravilhoso ...
a foto: simplesmente deliciosa.
bjs
Olá Lumife,
Parabéns pelo poema escolhido.
É bonito ver que ainda há pessoas que mesmo perdendo céus, passados anos, continuam a declamar um mesmo amor.
Nunca o s i l e n c i a r é imprescindível para a felicidade proporcionada por tal sentimento, cuja união assim ganhará a merecerida notoriedade e reconhecimento.
Um beijinho
Maria
Parabéns pela escolha, é lindo este
poema...
Um beijo
Ao Rouxinol de Bernardim, porque não posso deixar comentário no seu espaço, quero agradecer mais uma vez a sua passagem pelo "Beja".
Abraço amigo
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