quinta-feira, novembro 29, 2007

Pressentimento

Foto Martin Kovalik



O amor de agora é o mesmo amor de outrora
Em que concentro o espírito abstraído,
Um sentimento que não tem sentido,
Uma parte de mim que se evapora.
Amor que me alimenta e me devora,
E este pressentimento indefinido
Que me causa a impressão de andar perdido
Em busca de outrem pela vida afora.
Assim percorro uma existência incerta
Como quem sonha, noutro mundo acorda,
E em sua treva um ser de luz desperta.
E sinto, como o céu visto do inferno,
Na vida que contenho mas transborda,
Qualquer coisa de agora mas de eterno.


Dante Milano

3 comentários:

Lúcia Laborda disse...

Oie meu amigo lindo! O amor é assim: eterno, tudo passa! Mas ele sempre fica.
Lindo viu?
Beijos

Nilson Barcelli disse...

Sublime poema o que escolheste.
Gostava de ter sido eu a escrevê-lo...
Bfs, abraço.

Maria, Flor de Lotus disse...

LUMIFE:
Antes de mais vi a petição para as crianças e vou postá-la também.
Embora eu considere que outros tipos de medidas seriam também necessárias, é muito importante demonstrar ao Poder, a importância deste tema para a Comunidade. Estou a preparar um texto sobre isso, mas tenho andado muito limitada na publicação por razões várias.
Quanto a este poema, como todos os que publicas e que eu guardo sempre nos meus arquivos com referência ao teu blog e à data da publicação, é lindo !
Só os poetas descrevem com tanta simplicidade e beleza sentimentos por vezes tão difíceis de explicar : "andar perdido" para na vida encontrar alguém...
Quantas vezes essa sensação de abandono no caos do labirinto de uma vida de caminhos paralelos que jamais se cruzam, deixam no ser humano essa triste sensação de estar perdido em si próprio...
Um beijinho
Maria

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