terça-feira, julho 08, 2008

ÚLTIMA FRONTEIRA

Foto de Arian Bahrami


Delirando entre sonhos,
verdades, desejos
e loucuras,
entre o toque da caneta no papel
e o teu sorriso,
é tão curta a distância
dos meus braços aos teus.
É tão fácil tocar os nossos lábios.
É tão curto o caminho.

Fico a pensar o que busco em ti,
na cor do silêncio nocturno
enquanto o desejo alastra,
insubmisso,
como se procurasse
um esconderijo urgente.
Como se a penumbra tivesse olhos
e pudesse ver através da noite.

Depois,
deslizas como o vento
propagando sem destino
surpresas e carícias,
suavidade e tumulto.
Tão subtil, tão viva,
azul... sempre azul…
Júbilo da nudez,
insana fantasia
num delírio fulvo de luz.

Encantado gozo
como rios de prosa a versejar
ao longo do teu corpo
transbordando poesia.
Corpos ondulantes
em delírios de amor,
esperando suplicantes
o momento redentor.


ALBINO SANTOS

PORQUE VOLTO

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