quinta-feira, novembro 03, 2011

QUANDO ESTIVERES TRISTE






Quando estiveres triste,
Amor,
e não souberes porquê ...


E o mundo inteiro
à tua volta pareça desabar ...


Quando
te apetecer gritar ...


Quando
inexplicavelmente só
te sintas
em meio à multidão


e, perdida,
não saibas que fazer ...


Quando
te sentires vazia
como um balão furado,
amarfanhada
como um vestido
de baile
após o Carnaval ...


Quando
estiveres confusa,
indecisa,
angustiada,
como, sem mo dizeres,
eu sei que estás, por vezes...

Então, Amor
basta que venhas
junto a mim
e no meu peito
confiadamente
repouses tua fronte.
para eu conhecer toda a tristeza
que os teus olhos mudos
me dirão.


Não te farei perguntas
nem direi
as palavras idiotas
que, longe de ajudar,
só ferem, nessa altura.


Apenas te prenderei
pela cintura
e em silêncio,
longamente,
afagarei os teus cabelos,


até que a angústia
de todo te abandone
e não te sintas só,


porque eu estou contigo
sempre,
meu Amor.



ANTÓNIO MELENAS


Foto de Sergey Ryzhkov

1 comentário:

Anónimo disse...

LINDO POEMA ENCAIXA EM MUITOS MOMENTOS DE DESÂNIMO.PARABÉNS AO POETA E MUITO OBRIGADA AO LUÍS POR NOS DAR A CONHECER.

ROSA CASQUINHA

PORQUE VOLTO

  PORQUE VOLTO . Volto, porque há dias antigos que ainda nos agarram com o cheiro da terra lavrada, onde em cada ano, enterrávamos os pés e ...