segunda-feira, agosto 15, 2005

O Meu Alentejo


(Clique na imagem para ver em tamanho grande e no endereço de origem)




Meio-dia. O sol a prumo cai ardente,

Doirando tudo...Ondeiam nos trigais

D’oiro fulvo, de leve...docemente...

As papoilas sangrentas, sensuais...



Andam asas no ar; as raparigas,

Flores desabrochadas em canteiros,

Mostram, por entre o oiro das espigas,

Os perfis delicados e trigueiros...



Tudo é tranqüilo, e casto, e sonhador...

Olhando esta paisagem que é uma tela

De Deus, eu penso então: Onde há pintor,



Onde há artista de saber profundo,

Que possa imaginar coisa mais bela,

Mais delicada e linda neste mundo?!





(Florbela Espanca)


(Foto - Alvito de Ricardo Encarnação Ferreira. Fotografia na Net

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...