sexta-feira, agosto 11, 2006









AGUARELA


Quando, a esta hora, o dia abala lentamente
pelo Tejo fora, num barco distraído,
a tarde deixa no crepúsculo penas de vermelho
do sol que voou, pousando do céu para o mar.


E lá no horizonte, as velas das nuvens,
que demoram, ainda agora, acesas na claridade,
dão tempo às luzes dos candeeiros das avenidas
e aos pássaros boémios das árvores da cidade.



(Sebastião Penedo – Poesia)

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...