terça-feira, agosto 21, 2007

OLHARES




Não um adeus distante
Ou um adeus de quem não torna cá,
Nem espera tornar. Um adeus de até já ,
Como a alguém que se espera a cada instante.

Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
De novo para ti, no mesmo barco
Sem remos e sem velas, pelo charco
Azul do céu, cansado de lá estar.

E viverei sem ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
Amor, que tu bem sabes que quem chora

Assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
To peça, diz-mo. A travessia é longa... Não atino
Talvez na rota, Que nos importa, aos dois, ir sem destino?


Poema de Álvaro Feijó (1916-1941)


Foto de Alberto Calheiros-1000 Imagens

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