sábado, fevereiro 10, 2018

NESTE DIA DE MAR E NEVOEIRO



Neste dia de mar e nevoeiro
É tão próximo o teu rosto


São os longos horizontes
Os ritmos soltos dos ventos
E aquelas aves
Que desde o princípio das estações
Fizeram ninhos e emigraram
Para que num dia inverso tu as visses


Aquelas aves que tinham
uma memória eterna do teu rosto
E voam sempre dentro do teu sonho
Como se o teu olhar as sustentasse




Sophia de Mello Breyner Andresen


Foto de Dimitr Stoyanov

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...