segunda-feira, abril 21, 2008

POEMA DE AMOR

Foto de Sergey Ryzhkov





Percorreria na ponta dos meus dedos
os teus cabelos em desalinho,
inspirar-me-ia no teu cheiro único
que o meu corpo perpetua,
escrever-te-ia um poema de amor
em páginas e páginas de paixão,
falar-te-ia segredando palavras
que tu guardarias como relíquia.

Seríamos uma só voz sem saudade,
seríamos cânticos de alegria,
seríamos a força solidária
de um Amor.

Mas o que resta do que não foi
são as luzes feéricas do sonho,
as imagens bem delineadas de um filme,
o sabor inalterável de um beijo,
no presente doce das nossas Vidas,

Tal como este inútil poema de amor...


Paula Raposo in As Minhas Romãs

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...