sexta-feira, maio 26, 2006





“A vila era longe… Era longe Alvito…”

Talvez o poeta, quem sabe, tivesse usado este início do seu poema para lembrar que o moderno meio de transporte tinha a sua paragem distante desta vila.
Quase meia légua, separava a estação do caminho de ferro da povoação.
A maioria dos passageiros vinha visitar a família. Com eles traziam e levavam malas e caixotes, às vezes bem carregados, que não era fácil transportar num percurso que embora não muito longo, subia… subia… até à vila.

Na estação, esperando os conhecidos passageiros ou algum “caixeiro-viajante”, lá estavam o Quinito (foto acima) e o Afogadinho (como era conhecido). Transportavam com alegria e zelo todos os que chegavam.
Havia sempre lugar para mais um embora se desse mais um apertão.
A viagem era calma, alegre e por vezes perfumada dum “perfume muar” que hoje já poucos lembram.
Os anos passaram. Os tempos mudaram. Embora o comboio ainda passe já não pára.
Os “CHURRIÕES” do “Quinito” e do “Afogadinho” foram arrumados.
Também foram arquivadas nas nossas memórias as recordações das novidades que nos contavam nessas “célebres viagens”.
Restam-nos saudosas lembranças de quem deu muito da suas vidas para facilitar as nossas viagens.

Bem hajam!


Urge fazer a história dos costumes de Alvito…


Olinda

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

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