sábado, março 18, 2006




EM BUSCA DO AMOR



O meu Destino disse-me a chorar:

"Pela estrada da Vida vai andando,

E, aos que vires passar, interrogando

Acerca do Amor, que hás-de encontrar."



Fui pela estrada a rir e a cantar

As contas do meu sonho desfiando...

E a noite e dia, à chuva e ao luar,

Fui sempre caminhando e perguntando...



Mesmo a um velho eu perguntei: "Velhinho,

Viste o Amor acaso em teu caminho?"

E o velho estremeceu... olhou...e riu...



Agora pela estrada, já cansados,

Voltam todos pra trás desanimados...

E eu paro a murmurar: "Ninguém o viu!..."



(Florbela Espanca)

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...