terça-feira, setembro 29, 2009

HISTÓRIA ANTIGA



No meu grande optimismo de inocente
Eu nunca soube porque foi... um dia
Ela me olhou indiferentemente
Perguntei-lhe porque era... Não sabia...

Desde então transformou-se de repente
A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para a frente...

Nunca mais nos falamos... vai distante...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante
Em que seu mudo olhar no meu repousa,



E eu sinto, sem no entanto compreendê-la,
Que ela tenta dizer-me qualquer coisa
Mas que é tarde demais para dizê-la...


Raúl de Leôni


Imagem de Ivan Hansen

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...