domingo, abril 29, 2018

DOCE ILUSÃO



Doce ilusão que foges perseguida
Como gazela tímida e medrosa
Ou como nuvem pelo céu batida
Ao sopro de uma aragem silenciosa:

Levas contigo, ó pomba gloriosa !
A esvoaçar em busca de guarida,
O meu amor, a desmaiada rosa !
Levas contigo o coração e a vida.

E nunca mais, no exílio onde agonizo,
A melindrosa flor do teu sorriso
Há-de ostentar as pétalas vermelhas ...

Mas na estância feliz que eu não devasso
Encontrarás meus beijos, pelo espaço,
Em busca de teus lábios, como abelhas.

ANTÓNIO FEIJÓ

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...