domingo, fevereiro 25, 2007





CANTE ALENTEJANO


Homens do sul, sobrando do montado,

unindo seu cantar num só lamento,

do sonho, embrulhado em sofrimento,

que marca esse passo demorado.



E toda a planície desolada

coberta da mais triste solidão,

acolhe em toda a sua vastidão,

a dor que há numa trova magoada.



Vozes suaves rasgam os espaços

e as letras doloridas são cansaços

espalhados nas searas a crescer



Irmãos no trilho agreste da amargura

vão a compasso cantando a desventura

dum Alentejo aos poucos a morrer


Orlando Fernandes – Alentejo…e outros poemas

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

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