terça-feira, fevereiro 21, 2017
QUANDO ESTIVERES TRISTE
Quando estiveres triste,
Amor,
e não souberes porquê ...
.
E o mundo inteiro
à tua volta pareça desabar ...
.
Quando
te apetecer gritar ...
.
Quando
inexplicavelmente só
te sintas
em meio à multidão
e, perdida,
não saibas que fazer ...
.
Quando
te sentires vazia
como um balão furado,
amarfanhada
como um vestido
de baile
após o Carnaval ...
.
Quando
estiveres confusa,
indecisa,
angustiada,
como, sem mo dizeres,
eu sei que estás, por vezes...
.
Então, Amor
basta que venhas
junto a mim
e no meu peito
confiadamente
repouses tua fronte.
para eu conhecer toda a tristeza
que os teus olhos mudos
me dirão.
.
Não te farei perguntas
nem direi
as palavras idiotas
que, longe de ajudar,
só ferem, nessa altura.
.
Apenas te prenderei
pela cintura
e em silêncio,
longamente,
afagarei os teus cabelos,
.
até que a angústia
de todo te abandone
e não te sintas só,
.
porque eu estou contigo
sempre,
meu Amor.
.
ANTÓNIO MELENAS
.
Foto de Sergey Ryzhkov
HOUVE UMA ILHA EM TI
HOUVE UMA ILHA EM TI
.
Houve uma ilha em ti que eu conquistei.
Uma ilha num mar de solidão.
Tinha um nome a ilha onde morei.
Chamava-se essa ilha, Coração.
.
Que saudades do tempo que passei.
Nenhum desses momentos foi em vão.
Do teu corpo, de ti, já nada sei.
Também não sei da ilha, não sei não.
.
Só sei de mim, coberto de raízes.
Enterrei os momentos mais felizes.
Vivo agora na sombra a recordar.
.
A ilha que eu amei já não existe.
Agora amo o céu quando estou triste
por não saber, do coração do mar.
.
JOAQUIM PESSOA
.
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Houve uma ilha em ti que eu conquistei.
Uma ilha num mar de solidão.
Tinha um nome a ilha onde morei.
Chamava-se essa ilha, Coração.
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Que saudades do tempo que passei.
Nenhum desses momentos foi em vão.
Do teu corpo, de ti, já nada sei.
Também não sei da ilha, não sei não.
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Só sei de mim, coberto de raízes.
Enterrei os momentos mais felizes.
Vivo agora na sombra a recordar.
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A ilha que eu amei já não existe.
Agora amo o céu quando estou triste
por não saber, do coração do mar.
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JOAQUIM PESSOA
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Pintura de William Adolphe Bouguereau
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