quinta-feira, março 06, 2014

NUM SONHO



Em minhas mãos tomo teu rosto agora
E não sei se esse gesto vai ferir-me.
Não sei se fico aqui, pensando em ir-me, 
Ou se a teus pés sucumba sem demora.


Tenho medo de amar! Vou demitir-me
Desse ofício de sonhos. Vou-me embora.
Mas, o Amor me chama e nele ancora
O meu jeito de ser e de exprimir-me.


Tomo teu rosto, então, por um minuto.
Um grande amor, do eterno  claro fruto, 
Envolve-me de todo e com loucura.


Entregue fico então ao meu desejo
E ficas em meus braços e te beijo
E morres de prazer e de ventura.


ARTUR EDUARDO BENEVIDES


Foto de Mikhail Svetlov

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

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