segunda-feira, abril 17, 2006





INTERROGAÇÃO


Já cavalguei esperanças e vontades.
Já quis ser água calma em mar profundo.
Inconstante, perdi minhas verdades
Pelas margens dos rios em todo o mundo.


Sonhei caminhos com cheiros de jasmim.
Chorei os desesperos incontidos.
Matei a turbulência que há em mim
E invejei-te a calma dos sentidos.


À minha frustração dando guarida
Fingi que jamais fora derrotado.
Gritei de felicidade… mas menti!


No jogo em que apostei toda uma vida
Interrogo-me já desalentado…
Será que te ganhei, ou te perdi?




(Orlando Fernandes in Fronteiras do Sonho)
(Foto de Kristinna-Olhares)

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...