Naquele tempo,
ainda haviam amoras nos silvados
à beira de ribeiras transparentes.
Naquele tempo,
ainda haviam papoilas nos trigais
para enfeitar os cabelos das ceifeiras.
Naquele tempo,
mergulhávamos nos pegos das herdades,
onde em paz nadavam as pardelhas.
Naquele tempo,
os morangos cheiravam na boca
e as maçãs amadureciam nos ramos.
Naquele tempo,
os primeiros versos envergonhados
eram escondidos nos cadernos da escola.
Naquele tempo,
éramos inocentes, generosos e simples,
como as aves que cruzavam o azul do céu.
Mas isso… era naquele tempo,
porque as nossas almas ainda estavam brancas!
Orlando Fernandes in Alentejo...e Outros Poemas
Naquele tempo,
ainda haviam amoras nos silvados
à beira de ribeiras transparentes.
Naquele tempo,
ainda haviam papoilas nos trigais
para enfeitar os cabelos das ceifeiras.
Naquele tempo,
mergulhávamos nos pegos das herdades,
onde em paz nadavam as pardelhas.
Naquele tempo,
os morangos cheiravam na boca
e as maçãs amadureciam nos ramos.
Naquele tempo,
os primeiros versos envergonhados
eram escondidos nos cadernos da escola.
Naquele tempo,
éramos inocentes, generosos e simples,
como as aves que cruzavam o azul do céu.
Mas isso… era naquele tempo,
porque as nossas almas ainda estavam brancas!
Orlando Fernandes in Alentejo...e Outros Poemas