
Moliceiro- Ria de Aveiro- Óleo de Paiva Carvalho
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...
5 comentários:
Será que o pessoal daquela embarcação conhecia esse poema de Manoel Torga, antes de se aventurar ao largo?... eu não conhecia: grato pela partilha, amigo.
"Manoel" Torga deve ser um parente distante e mui querido do MIGUEL Torga, percebes...?
De facto o que importa é partir:) beijos
lumife, já sabes o que penso do torga e aplaudo a divulgação fde pintores nacionais.
Beijos.
:)
Lumife, tens como me enviar essa música maravilhosa? de todo modo, desde já te agradeço.
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