sexta-feira, agosto 24, 2007

SENTIMENTO




Eu recordo a tua presença,
na voz meiga e serena,
o teu cabelo
ondulando ao vento,
como se me envolvesses
com o pensamento.

Vivo contigo,
todo este momento,
de muito perto
sofrendo a ausência
se estás longe
quando desperto.

Sinto a vibração do teu corpo,
no meu cansaço,
e quero, contigo transpôr
as portas do silêncio,
vogando lentamente
no éter do firmamento.

Poema de João-Maria Nabais

Foto de Nuno Belo - 1000 Imagens

5 comentários:

ALeite disse...

Pois cá estamos de regresso para o roteiro do costume.
Um abraço.

MARIA disse...

Olá Lumife,
Que poema tão terno e tão bonito escolheste, desta vez.
Fica-se confortavelmente de alma acomodada às palavras que dizes, através dele.
Um beijinho
Maria

Ana Luar disse...

Uma escolha perfeita para este fim de tarde chuvosa.

Obrigada pela escolha deliciosa e por todas as visitas lá ao Ana Luar.:)

Eremit@ disse...

Que suave doçura, da imagem às palavras.
Fraterno abraço e bom fim-de-semana

MARIA disse...

Obrigada pela Trova ao Vento que Passa e pelo poema ao Alentejo.
Gosto muito também do Alentejo.
Conseguiste a Trova ao Vento que Passa. Ninguém encontrava nada "decente" do ZECA o outro dia.
Só deu para visualizar dois vídeos. O terceiro já estava retirado.
Foi uma EMOÇÃO...
Um beijo
Maria

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...