quarta-feira, outubro 03, 2007

Olhar

Foto de Leona L



Olhas-me entre a surpresa e o desencanto
e eu fico embaraçado ante esse olhar:
nada podia perturbar-me tanto
como uns olhos roubados ao luar
das noites em que o tempo e o lugar
se faziam de espuma, luz e espanto.
Mas o que importa, sobre a ruinosa
erosão dos desenganos,
é esta força de quem ousa
amar-te acima do passar dos anos.


Torquato da Luz

10 comentários:

Naeno disse...

Que linda poesia. Extrema com o que não falta. Muito bela.
E a foto, já que me chamou a atenção tanto quanto a poesia, é outra obra a se admirar.

Um beijo
Naeno

ASPÁSIA disse...

CARO LUMIFE

AGRADEÇO SUAS VISITAS AO MEU BLOG E TARDE RETRIBUO, MAS O TEMPO ESCASSEIA...
MAGNÍFICA ESTA FOTO, QUE DE IMEDIATO ME RECORDOU OS QUADROS DO NOSSO GRANDE PINTOR MEDINA. QTO A ESTE POETA JÁ OUVI FALAR, MAS NADA RECORDO DE TER LIDO DELE. ESTE É UM POEMA COM O SENTIMENTO DA ALMA PORTUGUESA, CARACTERÍSTICA DENOTADA, AO QUE ME APERCEBI, PELA MAIORIA DOS POEMAS APRESENTADOS NO SEU ESPAÇO.

PARABÉNS E ESPERO TER TEMPO PARA O VISITAR MAIS VEZES

BEIJINHOS

Anónimo disse...

Já não passava pelo seu blog à um tempo, mas é com muito agrado volto e leio um poema com tanto significado.
O olhar é sempre o que mais me atrai nas pessoas.
A foto, como antes disseram, é lindíssima, de uma simplicidade exuberante.

Lúcia Laborda disse...

Bela foto para compor uma bela poesia!
Beijos

Paula Raposo disse...

Perfeito de belo, este poema!! Beijos.

Anónimo disse...

é sempre bom ler boa poesia acompanhado com uma bela foto e é bom k com o passar dos anos o amor continu-e . gostei muito. eu nao tenho boa poesia ,mas te convido a ler um misterio de amor:)
bjo
carla granja

Gi disse...

Perfeito o poema e a imagem que o ilustra. Conheci este poeta através de um blogue. Interessantíssimo.

Bom fim de semana

Moura ao Luar disse...

Não fossem os olhos o verdadeiro espelho da alma...

BF disse...

Poema clara e límpido como o olhar ... Lindo.

Beijos
BF

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...