quarta-feira, janeiro 27, 2010

A TI



Aos trinta e sete anos do teu corpo,
Às vinte e quatro horas da tua carne
E ao desejo que , às vezes, é tão pouco
E ao amor que, mesmo assim, ainda arde

Ao ciúme da tua boca, quando calas
Ao silêncio dos teus olhos, quando choras
E aos teus braços nus, quando me abraças
E ao teu ventre que é tão breve quando parto.

E às tuas esperanças vãs que eu alimento
E ao ópio do teu sonho onde me tardo,
E a ti onde, afinal, não aconteço....



FERNANDO TAVARES RODRIGUES

1 comentário:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Lindo poema...podia ter sido escrito por mim.


Sonhadora

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...