terça-feira, setembro 21, 2010

LEMBRANÇAS DO LUGAR






Querida, vê no pranto que extravasa
o coração quando a lembrança aflora...
Os gerânios... As rosas... Como atrasa
o tempo entre o crepúsculo e a aurora!

Há sonhos que ainda vagam pela casa
em meu rústico albergue da memória...
E ainda um lírio que a min’alma vaza
de saudade do amor que ainda chora...

Nos beirais da varanda as andorinhas
bailam, querida, e as ninfas seminuas
das ribeiras em flor bailam sozinhas...

Beirando a vida nos beirais das ruas,
tu vives de sentir saudades minhas
e eu morro de sentir saudades tuas...


Afonso Estebanez


Foto de Shubina Olga

2 comentários:

craftynorete disse...

Ha muito que sigo o seu blog use ser Beja blog .
se me lembro foi ha mais de 4 anos .
por cause de seu blog encontrei mais blogs Alentejnos . tenho lido muitos poems de autores Portugueses que nunca tinha conhecido no seu blog
e continue Muito Obrigado pois quando se sai do pais muito tempo atras os seus poemas fazem nao esquecer o portugues . e mato saudades da terra aonde nasci .
.

Branca disse...

Olá Lumife,

Gosto sempre de voltar aqui, ler a boa poesia que nos trazes e mergulhar nela.
Um bonito poema de saudade.
Parabéns pelas tuas sempre belas escolhas.
Beijinhos
Branca

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...