sexta-feira, agosto 31, 2012

POEMA DE AMOR





Esculpi-te na água
De todas as nascentes.
Nas raízes das árvores, nas folhas e nos frutos,
Nos troncos mais firmes
E nas copas brancas.
Esculpi-te nos ventos que vão para sempre
E nos que regressam à rosa quebrada
Carregados de cores.
Esculpi-te nas rosa-dos-ventos.
Esculpi-te no fogo diurno.
No avesso do fogo.
Esculpi-te na terra.
Esculpi-te na sombra, no silêncio...
--Levantaram-se chamas.


CRISTOVAM PAVIA

1 comentário:

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...