Este Poema De Amor Não É Lamento
Este poema de amor não é lamento
Nem tristeza distante, nem saudade,
Nem queixume traído nem o lento
Perpassar da paixão ou pranto que há de
Nem tristeza distante, nem saudade,
Nem queixume traído nem o lento
Perpassar da paixão ou pranto que há de
Transformar-se em dorido pensamento,
Em tortura querida ou em piedade
Ou simplesmente em mito, doce invento,
E exalta visão da adversidade.
Em tortura querida ou em piedade
Ou simplesmente em mito, doce invento,
E exalta visão da adversidade.
É a memória ondulante da mais pura
E doce face (intérmina e tranqüila)
Da eterna bem-amada que eu procuro;
E doce face (intérmina e tranqüila)
Da eterna bem-amada que eu procuro;
Mas tão real, tão presente criatura
Que é preciso não vê-la nem possuí-la
Mas procurá-la nesse vale obscuro.
Que é preciso não vê-la nem possuí-la
Mas procurá-la nesse vale obscuro.
Jorge de Lima
Jorge de Lima foi o único brasileiro escolhido para receber o prêmio Nobel. Só não o recebeu porque morreu antes
Foto de Aleksandr Krivickij
Foto de Aleksandr Krivickij
1 comentário:
O amor é revolucionário
Enviar um comentário