terça-feira, março 13, 2018
O QUE DEIXO POR LEGADO
Molda-se por dentro
a chave com que me abro.
Já não
sei do meu princípio.
De nascença
não sou de alma, mas de pedra.
Eis o que deixo:
de todos os tamanhos, os sonhos
de todas as cores, os amores.
Se achardes magra a herança
em meus versos buscai
uns poucos e inábeis milagres,
palavras que acreditava inventar
e que era a mim que inventavam.
Não terei, no fim,
senão uma única morada:
a luz que nasce nos olhos teus.
MIA COUTO
Foto de Aleksandr Krivickij
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1 comentário:
A sensibilidade poética de Mia Couto. O seu grande legado.
Grata pela partilha.
Um beijo
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