De longe te hei de amar,
- da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo a constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.
Cecília Meireles
(1901-1964)
Art de Ann Rhoney
3 comentários:
Um poema muito belo de Cecília Meireles.
Obrigada pela partilha.
Desejo-lhe uma boa tarde.
Ailime
Bom dia de domingo, venho da amiga Ailime.
Gostei muito de alguns poemas que li por aqui.
O que estou não conhecia e amo o mar.
Tenha uma semana abençoada!
Abraços fraternos de paz e bem
Que maravilha. Boa semana!
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