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O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
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Já que o não sou por tempo,
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Seja eu jovem por erro.
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Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
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Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
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É verdadeira. Aceito.
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Cerro olhos: é bastante.
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Que mais quero?
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RICARDO REIS
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Imagem Tamara de Lempicka 1898/1980
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Imagem Tamara de Lempicka 1898/1980
1 comentário:
Um belo momento de poesia, com este poema de Ricardo Reis!
Gostei imenso.
Ler Pessoa é sempre um prazer.
Beijinhos e boa semana.
Ailime
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