segunda-feira, janeiro 24, 2022

NÃO SEI SE É AMOR QUE TENS


Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
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O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
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 Já que o não sou por tempo, 
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 Seja eu jovem por erro. 
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 Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso. 
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 Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
 É verdadeira. Aceito. 
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 Cerro olhos: é bastante. 
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 Que mais quero? 
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 RICARDO REIS
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Imagem Tamara de Lempicka 1898/1980

1 comentário:

Ailime disse...

Um belo momento de poesia, com este poema de Ricardo Reis!
Gostei imenso.
Ler Pessoa é sempre um prazer.
Beijinhos e boa semana.
Ailime

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