domingo, outubro 29, 2006

Falls embrace de Lauri Blank





AMORES DE VERÃO


A areia era branca,
Plumas de gaivota
Leves e fugidias
Adornavam a praia.

Uma praia de sonho.

O nosso amor ali,
Puro como a areia
Que o mar lança nas ondas,
Incandescente e forte
Como o vermelho do céu
No pôr-do-sol à noitinha.

E,quando a noite chegava
E brisa ligeira surgia,
A adrenalina da felicidade
Fazia voar os pensamentos,
E juntos sonhávamos no tempo.

O Inverno aproximou-se.

Com ele a tristeza dos dias,
A brisa tornou-se forte
Afastou as plumas das gaivotas,
As ondas em turbilhão
Levaram a areia e os sonhos.

O Sol arrefeceu.

Não havia pôr-de-sóis rubros,
E destruídos pelo vento gélido
Foram-se os sonhos ardentes
E o amor veemente,
Que nos deixaram na alma
A melancolia da desilusão,
Dum amor enterrado na areia
Numa praia de sonho
Adornada de plumas de gaivota.


(Olinda Bonito -08/06)

4 comentários:

Barão da Tróia II disse...

Já vi que o amigo voltou em grande, boa semana.

Anónimo disse...

É sempre uma alegria renovada conversar com quem estabelecemos laços fraternos.
Ouvindo Sarah Brightman e conhecendo um belo poema de Olinda Bonito, mais motivos para agradecer, caro amigo.

Nesse retorno à blogosfera, por uma série de motivos, procurarei me ater aos sítios que considero realmente especiais - você incluso, é claro!

Deixo o meu abraço fraterno

batista filho

Anónimo disse...

Lumife,

Livra mas que grande ausência! ainda bem que já terminou :-) espero que tenhas sempre recebido os meus emails...

wellcame back à blogosfera! Já ná era sem tempo ;-)

Vou-te 'linkar' que só agora vi que por engano, não estás lá na lista :-O

ps- pena não ter sabido da iniciativa do post abaixo antes...

beijinhos

Maria Carvalho disse...

Belíssimo poema! Cheio de sensibilidade. Gosto.

INÚTIL PAISAGEM de ANTONIO CARLOS JOBIM

  Mas pra quê? Pra que tanto céu? Pra que tanto mar? Pra quê? De que serve esta onda que quebra? E o vento da tarde? De que serve a tarde? I...